Cognição e Comunicação

Quando interagimos com o outro, criança, adolescente, jovem devemos ser dinâmicos, usando uma linguagem acessível, de acordo com a realidade em que está inserido.
procuro ouvir, estar atenta e ouvir...
Acredito que devemos aprender a ouvir...
Ouvir, observar, interpretar... Quais razões conduzem às resistências?
O psicopedagogo não deve ater-se somente à linguagem verbal, mas estar atento.
Atento, atenção aos sinais, ouvir os sinais!!!
Atenção a todas manifestações, sentimentos e expressões do paciente.
O psicopedagogo deve estar atento para que a criança consiga nomear corretamente seus sentimentos e ações.
É mais difícil  formular interpretações críticas para crianças, pois os adultos definem junto com o psicopedagogo  um modo de pensar sobre as coisas, estabelecem modos de comunicação entre eles e determinam em grande extensão que forma assumirá o novo autoconhecimento do paciente.
Dois componentes podem ser variados no que o psicopedagogo diz para a criança: as palavras de uma frase e as ideias que estão contidas nesta e expressa pelas palavras, é aí a chave, é neste contexto que devemos olhar, observar, intervir e interagir.
O terapeuta é um observador antes de tudo, e atento deve utilizar as mesmas palavras e os mesmos símbolos que a criança utiliza.
Este olhar que cria os vínculos, aproxima e possibilita o fortalecimento de laços e enriquece as relações.

Para SCOZ ( 1994)
Um adulto capaz de olhar a criança e captar o seu olhar, para colocá-lo, como interesse, em outro objeto, certamente se constituirá, para ela, um forte modelo  de aprendizagem.

Devemos entender e expressar as ideias decisivas na afirmação do outro, sejam elas sobre o mundo e fenômenos naturais, sobre sua vida, sua família, para que o paciente venha saber o que ele crê de verdade.

A eficácia da interpretação encontra-se no ápice quando origina-se dos conceitos ou palavras que o paciente utilizou e do comportamento específico no qual o paciente enganjou-se.
Como disse Guimarães Rosa: ... cada um vê as coisas e entende de seu modo...
Crianças novas prestam atenção aos detalhes, algumas generalizam o que ouvem e muitas vezes não conseguem diferenciar a ficção da realidade.
Entender e expressar para a criança em suas próprias palavras, em que consiste o pensamento pré lógico.

Olhar... Observar... Ouvir o que a criança pergunta, não nos preocupar com o que vamos responder, mas prestar atenção as perguntas.

A criança não quer respostas, nem detalhes, ela quer perguntar.
perguntas não se esgotam.
Observe crianças, ouça... respostas não saciam perguntas das crianças.
Perguntas... Contam sua vida. Trazem sua história.

SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. Petropolis, RJ:Vozes,1994.




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