Estruturação da mente no autismo
A compreensão da mente é uma teoria.
O homem possui a bi-reflexibilidade da consciência humana, a capacidade de saber e de saber que sabe.
O autismo hoje é conhecido pelo termo "Transtorno do Espectro Autista" (TEA).
Estes transtornos começam a demonstrar seus sinais nos primeiros meses de vida.
A criança já nasce com o autismo.
Em sua definição mais ampla essa condição afeta uma em cada 150 crianças. Descrito pela primeira vez em 1943, o autismo é marcado pela dificuldade de comunicação, de estabelecer interações sociais e por comportamentos monótonos e repetitivos.
O autismo é o transtorno de desenvolvimento definido pela presença de déficits persistentes na comunicação e interação social em múltiplos contextos definidos por um conjunto comum de sintomas, representado por uma única categoria diagnóstica, adaptável conforme apresentação clínica individual.
Estes transtornos permitem incluir especificidades clínicas como, por exemplo, transtornos genéticos conhecidos, epilepsia, deficiência intelectual e outros.
O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental.
Há uma grande consistência na apresentação dos traços adquiridos do TEA, tanto com relação à configuração e severidade dos sintomas comportamentais, apresentando uma ampla gama de severidade e prejuízos, sendo causa de deficiência grave e um grande problema de saúde pública.
As crianças que apresentam os sinais do TEA não mantém contato visual efetivo e não se viram quando você chama. Nos primeiros 12 meses apresentam mais interesse em objetos do que nas pessoas à sua volta, não demonstrando reação significativa se estimulados.
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico, e deve estar presente desde o nascimento ou começo da infância, mas pode não ser detectado antes, por conta das demandas sociais mínimas na mais tenra infância, e do intenso apoio dos pais ou cuidadores nos primeiros anos de vida.
Para ser considerado um autista, a criança deve preencher os critérios abaixo:
Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
a. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
b. Falta de reciprocidade social;
c. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:
a. Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns;
b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
c. Interesses restritos, fixos e intensos.
Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades.
O autismo afeta quatro a cinco vezes mais meninos do que meninasQuais são as causas ?
O número exato de crianças com autismo é desconhecido.
Um relatório publicado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA sugere que o autismo e seus distúrbios relacionados são muito mais comuns do que se imagina. Não está claro se isso se deve a um aumento na taxa da doença ou à maior capacidade de diagnóstico do problema.
Estudos da Associação Médica Americana, indicam que as chances de uma criança desenvolver autismo por causa da herança genética é de 50%, sendo que a outra metade dos casos pode corresponder a fatores exógenos, como o ambiente de criação.
Os cientistas ainda não identificaram as causas do autismo, muitos genes parecem estar envolvidos. A contaminação por mercúrio, a poluição do ar, complicações na gravidez e até mesmo infecções por vírus, estão entre as causas estudas atualmente.
O grande número de casos atualmente são relacionados com as novas definições do transtorno, que agora, incluem um espectro mais amplo de crianças. Casos de crianças com dificuldade de aprendizado ou tímida há 30 anos, hoje é diagnosticada com autismo altamente funcional.
A idade avançada dos pais é um dos fatores de risco para o nascimento de crianças com O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Um trabalho de peso divulgado em junho de 2015 no periódico científico Molecular Psychiatry provou de vez que essa relação é verdadeira. E mais: a idade do pai também deve ser levada em conta, segundo o levantamento.
Na pesquisa - capitaneada por experts do Instituto Karolinska, na Suécia - foram avaliadas nada menos do que 5,7 milhões de crianças, nascidas entre 1985 e 2004 em cinco países (Dinamarca, Israel, Noruega, Suécia e Austrália). Os resultados evidenciaram que quanto mais velhos os pais (tanto o homem quanto a mulher), maior o risco de os seus filhos serem autistas ou terem algum transtorno associado a esse distúrbio. As análises apontaram ainda que a propensão ao problema crescia quando havia uma diferença de idade maior do que dez anos entre os genitores.
A criança com autismo prefere ficar sozinha.
Existem diversos sintomas que podem indicar autismo, e nem sempre a criança apresentará todos eles.
Não faz amigos
Não participa de jogos interativos
Pode não responder a contato visual e sorrisos ou evitar o contato visual
Pode tratar as pessoas como se fossem objetos
Prefere ficar sozinho, em vez de acompanhado
Tem a visão, audição, tato, olfato ou paladar ampliados ou diminuídos
Pode achar ruídos normais dolorosos e cobrir os ouvidos com as mãos
Esfrega as superfícies, põe a boca nos objetos ou os lambe
Prefere brincadeiras solitárias ou ritualistas
Acessos de raiva intensos
Fica preso em um único assunto ou tarefa (perseverança)
Baixa capacidade de atenção
Comportamento agressivo com outras pessoas ou consigo
Faz movimentos corporais repetitivos
Até os anos 1980, autismo era considerado distúrbio adquirido por influência do ambiente.
Alguns mais radicais chegavam a atribuir sua gênese aos suspeitos de sempre: os pais.
Hoje, os especialistas consideram que a contribuição dos fatores genéticos esteja ao redor de 90%, sobrando para o ambiente apenas 10% da responsabilidade.
Nos últimos anos, estudos apontam que mutações em um único gene podem levar ao autismo, e que essas mutações apontam para a sinapse, o espaço através dos quais o estímulo é transmitido de um neurônio para outro. É através da sinapse que os neurônios se comunicam para coordenar movimentos, percepções sensoriais, aprendizados e memórias.
Como diagnosticar os sintomas?"Aproximadamente 60-70% têm algum nível de deficiência intelectual, enquanto que os indivíduos com autismo leve, apresentam faixa normal de inteligência e cerca de 10 % dos indivíduos com autismo têm excelentes habilidades intelectuais para a sua idade". (Brentani, et al. 2013)
Apesar dos avanços genéticos em relação ao TEA, as bases genéticas associadas aos fenótipos ainda permanecem desconhecidas devido à grande variedade genética e fenotípica da doença.
A maioria dos pais de crianças com autismo suspeita que algo está errado antes de a criança completar 18 meses de idade e busca ajuda antes que ela atinja 2 anos.
Como há uma enorme diversidade em termos de comportamento (gravidade dos sintomas), cognição e mecanismos biológicos, construindo-se a ideia de que o TEA é um grupo heterogêneo, com etiologias distintas, eles carecem de avaliação individualizada para propor a melhor composição de acompanhamento para o caso.
Os indivíduos afetados variam com relação a sintomas não específicos do TEA, tais como habilidade cognitiva, habilidade de linguagem expressiva, padrões de início, e comorbidades psicopatológicas.
Crianças, em geral, dão os primeiros sinais de autismo logo no primeiro ano de vida.
Os comportamentos da criança que servem como sinais de alerta são:
Não responder com sorriso ou expressão de felicidade aos seis meses
Não imitar sons ou expressões faciais aos nove meses
Não balbuciar aos 12 meses
Não gesticular aos 12 meses
Não dizer nenhuma palavra aos 16 meses
Não dizer frases compostas de pelo menos duas palavras aos 24 meses
Perder habilidades sociais e de comunicação em qualquer idade.
Se os sintomas descritos forem observados, o médico escolhido precisará ser informado principalmente sobre o comportamento da criança. Quando começaram as mudanças? Quais hábitos preferidos por ela? Ela interage com outras crianças e familiares? Na família existe algum histórico? Observe sua criança e faça o registro de todas estas informações, elas podem ajudar a chegar ao diagnóstico precoce da TEA.
O diagnóstico exige um médico experiente no diagnóstico e tratamento de autismo, já que não existem testes biológicos e os critérios são muito específicos e testes genéticos poderão ser indicados para a investigação de anomalias nos cromossomos.
Tipos de autismo
Atualmente são identificados 5 sub-tipos de autismo:
Autismo Infantil
Síndrome de Asperger
Síndrome Desintegradora da Infância
Síndrome de Rett
Transtornos Invasivos Não Especificados
Autismo tem cura?
Até o momento o autismo não tem cura.
O tratamento quando é realizado corretamente, pode facilitar o cuidado com a criança, tornando a vida dos pais um pouco mais facilitada. Nos casos mais leves, a ingestão de medicamentos nem sempre é necessária e a criança pode levar uma vida bem próxima do normal, podendo estudar e trabalhar sem restrições.
Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas.
Até o momento, autismo é um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar.
Quais os tratamentos disponíveis?Os pais de crianças autistas sabem como é difícil às vezes para gerenciar todas as responsabilidades da vida, e para cuidar de uma criança com necessidades especiais.
O autismo tem aspectos que podem trazer dificuldades aos pais para ensinarem crianças autistas, é um trabalho muito mais difícil. Muitos pais estão se voltando para os cães para ajudarem seus filhos autistas: cães podem fazer uma criança autista mais feliz, menos propenso a acessos de raiva e reforçar a sensação de segurança da criança.
Há várias terapias para autismo disponíveis, dentre elas:
Remédios
Alimentação
Fonoaudiologia
Musicoterapia
Psicoterapia
Psicomotricidade
Equiterapia
Fontes:
http://www.tuasaude.com
http://drauziovarella.com.br
http://minhavida.com.br/
http://revistapesquisa.fapesp.br/2011/06/16/o-c%C3%A9rebro-no-autismo/
https://www.carvalhobaby.com.br/blog/artigo/o-que-e-o-autismo-e-suas-caracteristicas
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